TEMATICA


TEMÁTICA

Apresentação das várias relíquias sagradas existentes em várias partes do mundo, relacionados ao cristianismo e outras religiões. O site não tem nenhuma finalidade ou conotação religiosa-doutrinária, mas sim apresentar fatos. Ficará a cargo de cada um o discernimento em relação a cada tema.



terça-feira, 25 de agosto de 2015

A HISTÓRIA DE MARIA NOS EVANGELHOS APÓCRIFOS - II



 A presença de Maria nos evangelhos apócrifos nos ensina que o masculino e feminino devem ser integrados dentro de cada um de nós. João e Maria viveram muito próximos. O evangelho secreto da Virgem Maria é uma obra literária belíssima que coloca Maria narrando a sua história para João, seu discípulo predileto. Os apóstolos a chamavam de mãe, porque ela era exemplo de mulher integrada. 

Maria seguiu os costumes judaicos. Ela casou-se com José, conforme previa a Lei (Torá), que ela tanto observava e estudava. Seguiu o marido até Belém. Seus pais eram descendentes de Davi, também o seria seu filho, Jesus. O seu nascimento foi impedido pela esterilidade da mãe, mas a bênção de Deus possibilitou o seu nascimento. Somente uma boa judia podia receber essas bênçãos de Deus. Além dos costumes judaicos, a história dos pais de Maria, Joaquim e Ana, se parece com a dos casais do Primeiro Testamento: Elcana e Ana, Abraão e Sara, os quais geraram, respectivamente, a Samuel e Isaac. Assim, a história de Israel pode continuar de modo fecundo e eficaz. O nascimento de Maria é importante para a história de Israel, assim como foi o de Jesus. Maria seguiu os costumes judaicos. Ela casou-se com José, conforme previa a Lei (Torá), que ela tanto observava e estudava. Seguiu o marido até Belém. Seus pais eram descendentes de Davi, também o seria seu filho, Jesus. O seu nascimento foi impedido pela esterilidade da mãe, mas a bênção de Deus possibilitou o seu nascimento. Somente uma boa judia podia receber essas bênçãos de Deus. Além dos costumes judaicos, a história dos pais de Maria, Joaquim e Ana, se parece com a dos casais do Primeiro Testamento: Elcana e Ana, Abraão e Sara, os quais geraram, respectivamente, a Samuel e Isaac. Assim, a história de Israel pode continuar de modo fecundo e eficaz. O nascimento de Maria é importante para a história de Israel, assim como foi o de Jesus. Toda a história da assunção de Maria está nos apócrifos. Os escritos sobre Maria foram respostas aos questionamentos sobre a sua vida. Eles são a expressão da fé na virgindade, assunção, santidade e liderança de Maria entre os primeiros cristãos. Não só esses escritos “não autorizados” sobre Maria ajudaram a difundir a fé nela como mãe de Deus, mas a arte e a liturgia. Em 1950, a Igreja católica proclamou o dogma da Assunção de Maria, confirmando simplesmente um ensinamento tradicional. Viva a mãe de Deus e nossa... eternamente. A assunção de Maria só foi possível porque ela era virgem. A presença dos apóstolos no momento em que Cristo vem buscá-la no sepulcro demonstra a legitimidade da assunção. Paulo estava entre eles. Ele não poderia conhecer os mistérios que se passavam com ela, pois era apenas um iniciado na vida cristã. Os apóstolos não concordam com as opiniões de Paulo, mas Jesus aparece e acolhe Paulo, o que significa que bastava um coração puro como o de Paulo e de Maria para poder atingir a salvação. As religiões têm suas grandes mulheres. No cristianismo e no imaginário coletivo, Maria permanecerá sempre como modelo de mãe intercessora, mas não estaria na hora de acrescentar a esse dado de fé a liderança apostólica e missionária de Maria que os apócrifos nos legaram? Ademais, nos apócrifos Maria não deixou de ser mulher para ser a mãe de Jesus. Vale a pena ler os apócrifos sobre Maria.
Frei Jacir de Freitas Faria, OFM Sacerdote e Professor de Exegese Bíblica

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