TEMATICA


TEMÁTICA

Apresentação das várias relíquias sagradas existentes em várias partes do mundo, relacionados ao cristianismo e outras religiões. O site não tem nenhuma finalidade ou conotação religiosa-doutrinária, mas sim apresentar fatos. Ficará a cargo de cada um o discernimento em relação a cada tema.



domingo, 28 de agosto de 2016

A arqueologia não achou esqueletos gigantes citados na bíblia.

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Há alguns anos houve uma verdadeira febre na internet em relação a supostas fotos de arqueólogos que teriam descoberto esqueletos de gigantes no Oriente Médio. No meio teológico houve fervor maior, uma vez que estaria comprovada a palavra existente na Bíblia de que há um tempo muito distante os homens tinham tamanho inimaginável. Já de cara podemos dizer que as fotos são falsas. Foram criadas por membros do site Worth 1000, que promoveu um concurso de manipulação de fotografias digitais. O objetivo era criar a farsa fotográfica com maior perfeição, e pelo jeito o autor da obra conseguiu. Inclusive muitas das farsas fotográficas que circulam pela web como verdades verdadeiras têm origem neste grupo.

Na realidade, o Worth 1000 não tem culpa nestas farsas. Ele apenas promove o concurso de manipulação digital, e é daí que espertinhos retiram de lá as montagens e espalham pela internet como testemunhas de casos inexplicáveis e sobrenaturais. No caso dos esqueletos de gigantes houve sucesso instantâneo em todo o planeta. De acordo com os sites, a primeira história publicada sobre tal “descoberta” teria acontecido em abril de 2004 pelo jornal “New Nation”, de Bangladesh. Diz o primeiro parágrafo da notícia: “Uma exploração de gás no meio do deserto a sudeste da Arábia Saudita, na região de Rabul Khaalee, descobriu corpos esqueléticos de gigantes. Isso provaria o que Alá diz no Alcorão sobre os povos gigantescos que poderiam arrancar árvores com as mãos. Com a descoberta, o exército árabe fechou a área de pesquisas e ninguém é autorizado a chegar ao local. Até o momento não há notas oficiais do governo sobre tal descoberta”.
Rapidamente tal notícia se espalhou pelas correntes de e-mails na Ásia, Europa e chegou às Américas. Como diz o folclore, “quem conta um conto sempre aumenta um ponto”, a notícia sobre os esqueletos de gigantes foi sendo incrementada a cada lugar que chegava. Assim, a cada hora os corpos eram encontrados em lugares diferentes: Egito, Marrocos, Jordânia, Iraque etc.
É desta forma que surgem os boatos. Há muita indefinição e poucas certezas. Sempre acontecem em lugares muito distantes e inacessíveis, com testemunhas que não querem ser indentificadas, em tempos muito remotos ou em descobertas envoltas em teorias da conspiração, pois os governos jamais iriam falar abertamente sobre elas. Assim é a história destes esqueletos gigantes.
Em 2006, quando o grupo Worth 1000 já havia dito que as fotos eram falsas, parte do concurso de manipulação digital, uma revista evangélica norte-americana apelou para a religiosidade ao mostrar tais imagens em uma matéria sensacionalista intitulada “Aos poucos o mundo descobre que o que está na Bíblia é a mais pura verdade”. O texto reproduz quase fielmente o que foi publicado em 2004 em Bangladesh, mas diz que a descoberta se deu no sul do Irão, e ainda coloca mais pontos: “Veja o que está escrito na Bíblia – Gênesis 6,4; Números 13,23-33; Samuel 21,22 – e você estará convencido da veracidade da palavra de Deus. Percebemos pelas fotos os gigantes filhos de Anaque”. Além disso, a matéria da referida revista chega a entrevistar um dos exploradores que teria participado da tal descoberta; dizem que o homem ficou maravilhado e se convertido ao cristianismo.
Agora já sabemos que é tudo mentira. E o autor dessa façanha não ganhou o prêmio do grupo Worth 1000, mas com certeza se divertiu assistindo ao seu trabalho informal se espalhar pelo mundo como um fato novo da ciência.

Publicação divulgada pela Climatologia Geográfica e publicada, originalmente, no blog Fato e Farsa! por Orlando Castor.


Veja mais aqui http://climatologiageografica.com.br/a-arqueologia-nao-achou-esqueletos-gigantes-citados-na-biblia/#ixzz4Ig3ICTrG

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

NOVAS DESCOBERTAS SOBRE A VERDADE HISTÓRICA DE JESUS

 Relíquias e manuscritos encontrados nos últimos anos têm ajudado arqueólogos e cientistas a compreender com mais detalhes as pessoas com quem o Messias dos cristãos viveu e revigoram a busca por evidências sobre seu passado



Nutridas por boatos e muitos fãs, algumas figuras públicas continuam notórias com o passar dos anos. Mas existe um personagem que, mesmo após mais de dois milênios, continua encantando o público. Você já ouviu seu nome antes: de uma forma ou de outra, todos já foram apresentados a Jesus de Nazaré. Mas descrever seu passado em detalhes é um desafio que também resiste ao tempo. 

Recém-lançado no Brasil, o livro Em busca de Jesus (Objetiva) reúne as mais recentes tentativas de reconstituir a vida do famoso filho de Deus e mostra que esse ainda é um tema bem popular. A partir de seis relíquias encontradas nos últimos anos, os autores David Gibson e Michael McKinley analisaram pesquisas e argumentos de profissionais envolvidos na busca pelo misterioso homem nascido em Nazaré e crucificado na província romana da Judeia, região da atual Cisjordânia.

 A história de Jesus é formada por pouquíssimas informações comprovadas por cientistas ou especialistas, mas já existem algumas certezas. “Acredita-se que Jesus só sabia falar aramaico e muito provavelmente era analfabeto”, diz André Chevitarese, professor do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autor de Jesus histórico: uma brevíssima introdução. “Ele viveu e morreu como judeu de origem campesina; o cristianismo que conhecemos hoje é um movimento posterior àquela época.” Através da reconstrução facial de crânios encontrados perto de Jerusalém, especialistas estabeleceram como seria a verdadeira aparência física de um morador típico da região. Diferentemente do homem branco, alto e de olhos azuis idealizado pelos artistas, é mais provável que Jesus tenha sido moreno, de olhos castanhos, cabelo curto e estatura baixa: um judeu comum nascido no Oriente Médio. Sobre seu local de nascimento, os teólogos insistem em Belém, terra natal de Davi, um dos antigos reis de Israel. “Mas nada favorece essa versão, e do ponto de vista histórico não há dúvidas: Jesus é nazareno”, afirma Chevitarese.

Diferentemente do homem branco, alto e de olhos azuis idealizados pelos artistas


PLOT TWIST BÍBLICO

Enquanto o mundo se concentrava nos momentos finais da Segunda Guerra Mundial, em 1945, um camponês foi responsável pela descoberta de 13 manuscritos encontrados no Egito. Eles ficariam conhecidos mais tarde como Biblioteca de Nag Hammadi, nome da cidade onde foram localizados. Historiadores confirmaram que a data estimada dos textos corresponde ao século 4 e que são traduções de originais em grego. “São achados cruciais para a compreensão do cristianismo em seu período de formação e demonstram a existência dessa pluralidade de manifestações religiosas nos quatro primeiros séculos”, explica Vagner Porto, professor de arqueologia clássica da USP. Boa parte desses papiros, escritos em copta (mistura dos idiomas grego e egípcio), estava ligada ao movimento cristão conhecido por gnosticismo. “Os ensinamentos gnósticos diferem na crença de que cada um é responsável por seus atos e por sua própria salvação espiritual”, explica Karlos Bunn, presidente da Igreja Gnóstica do Brasil.

 Judas Iscariotes e Maria Madalena exerceram papéis decisivos na trajetória de Jesus. Seus possíveis Evangelhos foram encontrados em péssimas condições, e hoje são considerados textos gnósticos. A primeira aparição do Evangelho de Maria foi registrada em 1896, mas uma sequência de atrasos — incluindo um cano de água estourado na casa de uma editora e a eclosão da Primeira Guerra Mundial — fez que ele só fosse publicado em 1955, com algumas páginas perdidas e bastante deteriorado. Assim como certos textos de Nag Hammadi, esses fragmentos apresentavam Maria como grande seguidora dos ensinamentos de Jesus. “O conceito de Maria Madalena como a discípula amada indica que um grupo de cristãos do primeiro século a considerava uma das líderes desse movimento”, disse Paulo Roberto Garcia, professor de teologia e ciências da religião na Universidade Metodista de São Paulo. Não existe, contudo, confirmação de que os manuscritos se refiram a Maria Madalena no lugar da própria mãe de Jesus.

 Já o Evangelho de Judas, identificado nos anos 1970 por dois agricultores, foi recuperado após um roubo repentino e examinado pela primeira vez em 1983. Nos anos 2000, passou por um processo de restauração, e 85% do material foi preservado. De início, o documento foi divulgado como um plot twist, isto é, uma reviravolta na história. O texto conta a redenção de Judas, afirmando que teria sido o mais fiel dos seguidores e que cumprira ordens de Jesus para ajudá-lo a livrar-se de seu corpo após a morte. “O problema foi todo o sensacionalismo empregado na tradução, trabalhada com a expectativa de mudar o papel de Judas”, disse Garcia. “Um dos textos diz que ele subiria aos céus pelo que fez, sendo que dois dos tradutores concordaram que a versão correta teria sido ‘não subiria’, por exemplo."

 Para muitos dos arqueólogos e historiadores envolvidos na busca por evidências que remontem, de alguma forma, ao passado de Jesus, é pouco provável que objetos relacionados a sua história continuem a aparecer nos próximos anos. “Hoje as pesquisas não se concentram tanto em itens que pertenceram a Jesus”, diz Chevitarese. “O objetivo maior é conhecer o ambiente físico, geográfico e político dele, além de suas crenças, seus amigos, inimigos e, sobretudo, quem foi ele.”


APP EM NOME DE JESUS

A suposta urna funerária com os ossos de Tiago, um dos 12 apóstolos, desperta algumas dessas características. “Tiago, filho de José, irmão de Jesus”, diziam as inscrições do ossuário, em aramaico. Oded Golan, colecionador de antiguidades pouco familiarizado com religião, afirma ter comprado o objeto em Israel, nos anos 1970, no início sem assimilar seu verdadeiro significado. Uma análise de escrita feita em 2002 sugeriu que a segunda parte das inscrições teria sido gravada pelas mãos de outro escriba. “Supondo que Tiago tenha morrido na década de 40 do século 1, Jesus já teria de ser uma figura reconhecida em todo o ambiente da Judeia para que seu nome fosse agregado como forma de distinção, mas Jesus de Nazaré só se torna amplamente conhecido um século e meio depois”, disse Chevitarese. “A frase gravada refere-se a Jesus de Nazaré? Tiago foi seu irmão? Maria foi, como dizem, virgem a vida inteira, ou teve outros filhos?”, pergunta McKinley no livro. Sem a chance de confirmar se o artefato é genuíno, essas dúvidas devem continuar sem respostas.

 Objetos que um dia estiveram em contato com Jesus até hoje provocam fascinação. Nos tempos da Idade Média, eles movimentaram um comércio bem incomum. Imitações de artefatos eram fabricadas com mais frequência do que os arqueólogos contemporâneos gostariam de admitir. “Para explorar a crença popular, encorajava-se a ideia de que possuir uma relíquia traria bênçãos e também serviria como amuleto”, diz Garcia.

 Um deles é o Sudário de Turim, o manto que teria envolvido o corpo de Jesus. Atualmente, o objeto descansa numa capela no norte da Itália, equipada com controle de temperatura e vidro à prova de balas. A peça de linho retangular exibe manchas de sangue e vincos equivalentes a um rosto. É o artefato mais bem documentado de todos, mencionado nos quatro Evangelhos e nos Livros Apócrifos (relatos de Cristo não reconhecidos pela Igreja). A relíquia também repousa em milhões de celulares e tablets espalhados pelo planeta: embora o Vaticano não tenha se posicionado enfaticamente sobre o assunto, aproveitou para lançar, em 2013, o primeiro aplicativo dedicado ao Santo Sudário. O Shroud 2.0 permite ampliar a imagem para uma análise mais detalhada do pano — sem ter de viajar até a Itália.

...é mais provável que Jesus tenha sido moreno, de olhos castanhos e cabelo curto
(Foto:André Toma/Editora Globo)


HOMEM PROCURADO

 Várias análises do manto foram realizadas e comprovaram que o material realmente cobriu o corpo de um ser humano e que as manchas de sangue eram de fato compostas por hemoglobina. O estudo mais recente, publicado em 2014 na revista científica Injury, também aponta que os ferimentos sofridos por esse indivíduo correspondem aos de uma crucificação. Apesar dos resultados, a data do manto — muito distante dos anos vividos por Jesus Cristo — ainda é um contra-argumento forte. “O maior desafio é conseguir permissão para novos testes”, explica McKinley. “O Sudário provavelmente permanecerá atrás de um vidro blindado para sempre.” A aparição desses objetos, relacionados a períodos tão distantes, simboliza a caçada interminável a possíveis referências de Jesus como figura histórica. “Resultado de uma percepção sustentada exclusivamente pelo ponto de vista científico, com análises da história, arqueologia e sociologia”, explica Chevitarese.

 Talvez o discernimento científico explique a desconfiança inicial de Karen King, professora da Universidade Harvard, quando um colecionador anônimo resolveu entrar em contato, convencido de que havia encontrado o papiro do Evangelho da Esposa de Jesus, como seria chamado mais tarde. Apesar do nome chamativo, o achado — um pequeno fragmento bastante deteriorado — não tem qualquer relação com o Evangelho de Maria, texto gnóstico encontrado décadas antes, e tampouco reforça hipóteses de que Jesus tivesse sido casado. Em 14 linhas, o manuscrito parece debater a real necessidade do celibato na religião cristã, reflexão inédita nos demais Evangelhos canônicos.

 RESISTENTES AO TEMPO

 “A questão principal do papiro é assegurar que mulheres casadas e com filhos também possam ser discípulas de Jesus — uma discussão frequente nos tempos do cristianismo primitivo, conforme a virgindade celibatária passava a ser mais valorizada”, disse Karen em relatório divulgado pela Harvard Divinity School.

 Após a publicação de sua análise ter sido desconsiderada por uma porção de estudiosos, Karen reforçou a veracidade do documento com o resultado de exames feitos ao longo de dois anos, até a confirmação em abril de 2014: o material não era uma imitação moderna e foi escrito entre os séculos 6 e 9. Entretanto, não existe consenso sobre os significados desse pequeno pedaço de história, talvez pelo seu estado de conservação ou pelo conteúdo incompleto do texto. Mas to­das as características são compatíveis com a longa e constante busca por Jesus: fragmentadas, ambíguas e, ainda assim, resistentes ao tempo.


AS OITO RELÍQUIAS
Os artefatos que ajudam a entender o que era a Judeia no século 1

EVANGELHO DA ESPOSA DE JESUS
Escrito em copta, questiona a necessidade do celibato no cristianismo.
COMO FOI ACHADO
Colecionador anônimo comprou das mãos de um negociante alemão.

 BIBLIOTECA DE NAG HAMMADI
A coleção de papiros inclui Evangelhos, como os de Tomé e de Filipe.
COMO FOI ACHADO Por um camponês egípcio que fazia escavações nos arredores à beira do rio Nilo.

 EVANGELHO DE MARIA
Publicado em 1955, o texto gnóstico reforça a presença da discípula em vários momentos da vida de Jesus.
COMO FOI ACHADO
O estudioso alemão Karl Reinhardt comprou em 1986 o documento original, que encontrou na aldeia de Akhmin, no Alto Egito, no Cairo.

 EVANGELHO DE JUDAS
A descoberta de seu Evangelho continua a confundir: Judas traiu mesmo Jesus?
COMO FOI ACHADO
Dois agricultores encontraram o manuscrito no final dos anos 1970, no sul da cidade do Cairo. 

RELICÁRIO DE MÁRMORE DE JOÃO BATISTA
Fragmentos de ossos de um homem que viveu no Oriente Médio, sem provas de que eram de João Batista.
COMO FOI ACHADO
Em 2010, durante buscas nas ruínas de uma basílica do século 5, na Bulgária.

 SANTO SUDÁRIO
O manto sagrado pode ter sido usado para cobrir o corpo de Jesus — ou para colocar essa ideia na cabeça de fiéis.
COMO FOI ACHADO
As referências são antigas e muito vagas, mas o manto voltou a aparecer na França no século 14. 

URNA FUNERÁRIA COM OSSUÁRIO DE TIAGO
Urna onde se lê “Tiago, filho de José, irmão de Jesus” significaria que o messias teve um irmão. COMO FOI ACHADO
Foi comprada em Haifa, em Israel, nos anos 1970.

PEDAÇO DA CRUZ
Como o próprio nome diz, seria um pedaço da cruz em que Jesus foi crucificado.
COMO FOI ACHADO
Em 2013, arqueólogos alegaram ter encontrado o pedaço durante uma escavação no norte da Turquia.

Fonte:
http://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/08/novas-descobertas-sobre-verdade-historica-de-jesus.html
Formatação: Helio Rubiales

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

EVANGELHO DA ESPOSA DE JESUS


Manuscrito alega que Jesus teria se casado com Maria Madalena (Foto reprodução)


Em 2012, a historiadora Karen King, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, descobriu um papiro com inscrições que supostamente indicam que Jesus teria uma esposa. O fragmento foi escrito em copta, um idioma do Egito Antigo, há 1200 anos.

 Especialistas na língua extinta conseguiram traduzir algumas passagens, dentro das quais haviam dizeres como “Maria é merecedora disso”, “Jesus disse a eles: ‘Minha esposa…” e “...ela será a minha discípula”.

 A partir de tais indícios, os pesquisadores deram ao trecho descoberto o nome de “Evangelho da Esposa de Jesus” e presumiram que a Maria em questão seria a Madalena e que, de acordo com o texto, ela seria a esposa de Jesus.

 A comunidade científica logo começou a desconfiar da descoberta. A principal inconsistência apontada por acadêmicos foi o fato de Karen King ter conseguido o papiro de uma fonte anônima, o que torna a autenticidade do material muito questionável.

 O pesquisador alemão Christian Askeland, do Instituto de Pesquisa Bíblica em Wuppertal, na Alemanha, foi o primeiro a questionar a descoberta com argumentos científicos. Segundo ele, tanto o Evangelho da Esposa de Jesus quanto o Papiro P52, fragmento descoberto em 1920 que contém parte de um capítulo do Evangelho segundo João, seriam fraudes.

Evangelho da esposa de Jesus, documento que supostamente indicaria que Jesus foi casado com Maria Madalena (Foto: Karen King)


Askeland argumenta que os dois papiros possuem restos de radiocarbono, o que sugere que ambos foram escritos pelo mesmo artista. Com isso, pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, deram início a uma série de testes relacionados a tinta usada nos trechos. “No primeiro teste que realizamos percebemos que as tintas usadas nos dois documentos são, na verdade, bem diferentes”, afirma James Yardley, da Universidade de Columbia. O pesquisador acredita que o Evangelho da Esposa de Jesus é verdadeiro e que isso pode mudar a forma como as pessoas veem os dogmas do catolicismo.

 “Esse fragmento do Evangelho nos dá um motivo para reconsiderar o que pensávamos saber sobre o status conjugal de Jesus e as controvérsias que isso gerou na forma que os cristãos lidam com casamento, celibato e família”, disse Karen King, em 2012, na época de sua descoberta.

 Com todo esse burburinho em torno dos papiros, mais uma questão foi levantada: os trechos, por si só, não são evidência o suficiente para provar que Maria Madalena era a esposa sobre quem falava o Evangelho. A nova hipótese da comunidade acadêmica, no momento, é que Jesus de fato tinha uma esposa, mas que não era Maria Madalena. Ela, no caso, seria somente a discípula do Messias.

 A equipe de pesquisa da Universidade de Columbia segue realizando testes e estudando os materiais e pretende dar uma chance para Askeland refutar os resultados e reforçar a sua própria teoria com base em novos argumentos. Os próximos capítulos prometem ser bem interessantes.

Texto:
http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2015/08/novas-evidencias-mostram-que-jesus-tinha-uma-esposa-e-nao-era-maria-madalena.html.
Formatação: Helio ubiales

REFLEXÕES SOBRE CRISTO CRUCIFICADO



Cristo Crucificado, contemplo a sua imagem na cruz e logo dirijo o meu pensamento para a reflexão e dou-me conta, da brutalidade sofrida., desde a sua prisão, julgamento e a morte na cruz. Esse homem foi brutalmente espancado e torturado, privado de alimentação, água e necessidades fisiológicas como poucas vezes visto. Me envolvi tanto nos pensamentos , na sua causa, no seu sofrimento, que inexplicavelmente me sentia transportado para aquela época: Encontrava-me na base da cruz, olhando para cima e via a aterrorizante visão de um homem nu, despojado de toda a sua dignidade. Escorria-lhe sangue dos pulsos transpassados por cravos de ferro. Os seus braços estavam amarrados com cordas que com o peso do seu corpo marcavam as varias voltas que davam. No pé direito apoiado sobre uma madeira havia outro cravo, a outra perna dependurada estava amarrada também com cordas, fora do apoio de madeira. O sangue jorrava do pé perfurado e escorria pelo apoio até pingar na base da cruz. A coroa de espinhos, nunca a havia visto retratada dessa forma, era um entrelaçamento de galhos flexíveis dando a impressão de serem brancos, desse entrelaçamento saiam três espinhos grandes voltados para trás, era um verdadeiro espinheiro, impossibilitando o movimento da cabeça, pois pelas pontas que estavam cravadas no obro e peito percebia-se que havia tentado fazer algum tipo de movimento. Sangrava na cabeça devido a ação dos espinhos, pelo nariz e pela boca, devido aos sucessivos espancamentos. No rosto havia um grande edema , devido a algum afundamento ou fratura óssea. Era visível que o osso nasal havia sido rompido. Um dos olhos estava fechado devido ao inchaço de onde escorria algo, provavelmente havia sido perfurado. Ficava indignado de ver aquele corpo todo coberto de marcas. Particularmente me chamou mais a atenção na região do peito logo abaixo do abdômen devido a chicotadas dadas pelas costas terminando nessa região, a pele em alguns lugares estava solta, essas marcas se viam dos dois lados lateralmente, juntamente com pequenas marcas circulares, parecendo com se fossem pintadas. Haviam escoriações mais evidentes nos ombros e joelhos. Todo o corpo nu desse pobre homem, apresentava-se mesclado de sangue, suor, urina e fezes, formando uma gosma misturada com sangue coagulado, era o impressionante odor da morte. Não me conformava e muito menos acreditava de estar observando-o a menos de 1,50 de altura, talvez até pudesse tocá-lo. Então chorei. 
Texto: Tirado do livro "O Encarcerado" de Helio Rubiales 

JESUS E O CRISTIANISMO



Jesus Cristo Entretanto, o verdadeiro criador do cristianismo, em sua novidade e originalidade, é Jesus Cristo. Pode ele dar plena solução ao problema do mal - solução que representa o maior valor filosófico no cristianismo - unicamente se é Homem-Deus, o Verbo de Deus encarnado e redentor pela cruz. Diferentemente, a solução - ascética - cristã do problema do mal seria vã, como a estóica e todas as demais soluções filosóficas de tal problema, que ficaria, portanto, sem solução alguma. E, em geral, a pessoa de Cristo tornar-se-ia inteiramente ininteligível, se ele não fosse Homem-Deus. Não é este o momento de fazer um exame crítico, filosófico e histórico, para determinar a personalidade de Cristo. Basta lembrar que, uma vez admitido e firmado o teísmo, logo se segue a possibilidade de uma revelação divina e da divindade de Cristo, para tanto não precisando, propriamente, senão de provas históricas. Os argumentos em contrário não são positivos, históricos, mas apriorísticos, filosóficos; quer dizer, dependem de uma filosofia racionalista e atéia em geral, humanista e imanentista em especial. Eis o esquema lógico da demonstração da divindade de Jesus Cristo. Devem ser examinados à luz da crítica histórica, antes de tudo, os documentos fundamentais, relativos à revelação cristã - Novo Testamento . E achamo-nos diante de uma personalidade extraordinária - Jesus Cristo - , que ensina uma grande doutrina, leva uma vida santa, afirma-se a si mesma como divina e comprova explicitamente com prodígios e sinais - os milagres e as profecias - esta sua divindade. E como Jesus Cristo se torna garantia de toda uma tradição que o precedeu - o Velho Testamento - , também se responsabiliza por uma instituição que a ele se segue - a Igreja católica. A esta, portanto, caberá interpretar infalivelmente a revelação judaico-cristã e, evidentemente, também a parte que diz respeito à queda original e à relativa reparação, a qual, por certo, pode dar origem, humanamente, a várias interpretações. Copy the BEST Traders and Make Money (One Click) : http://ow.ly/KNICZ Copy the BEST Traders and Make Money (One Click) : http://ow.ly/KNICZ

CRISTO IMAGINÁRIO DA IGREJA PRIMITIVA



Cristo no imaginário da igreja primitiva  
A centralidade da pessoa de Jesus Cristo para a nova fé fez com que os cristãos desde uma época remota se defrontassem com a propriedade ou não de representá-lo visualmente. A realidade concreta e poderosa da encarnação legitimou para muitos cristãos a representação visual da pessoa do Redentor.

Inicialmente, essas representações foram apenas simbólicas e não tinham pretensões artísticas deliberadas. Tratava-se de desenhos simples, às vezes até rudimentares, na forma de afrescos e mosaicos feitos em residências particulares ou em catacumbas. Jesus Cristo podia ser representado visualmente por um peixe, por uma âncora ou pelas letras gregas “alfa” e “ômega”. O peixe era um símbolo especialmente atraente, não só em função das histórias dos evangelhos, mas porque a palavra equivalente em grego (ichthus) formava o acróstico de uma vibrante declaração de fé: “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”. 

Com o passar do tempo, surgiram representações humanas mais explícitas, sendo que um dos temas mais freqüentes era a figura do Bom Pastor, sob a influência do Evangelho de João, capítulo 10. Curiosamente, até o início do quarto século praticamente não ocorreram representações artísticas da cruz e da crucificação. Os primeiros cristãos pareciam pouco inclinados a destacar visualmente a morte servil e degradante imposta ao seu Senhor, preferindo conceber a salvação nos termos suaves da amizade com Cristo, o Bom Pastor. Um belo exemplo pode ser encontrado num afresco da catacumba de Marcelino e Pedro, martirizados em Roma durante a perseguição movida pelo imperador Diocleciano (303-305).

 Fonte:Alderi Souza Matos Instituto Presbiteriano Mackenzie 
Postado por HRubiales

terça-feira, 25 de agosto de 2015

RELAÇÃO DE MARIA MADALENA E JESUS



Maria Madalena e Jesus tinham relação de aluna e mestre, dizem especialistas 

Após exorcismo, mulher teria passado a seguir Cristo como discípula Palestina afora.Idéia de que os dois teriam casado e tido filhos não possui dados concretos a seu favor. A maioria dos que estudam as origens do cristianismo tem poucas dúvidas: Maria Madalena cumpriu um papel importante entre os primeiros seguidores de Jesus, era uma das companheiras mais devotadas de Cristo e foi uma das primeiras a testemunhar sua fé na ressurreição do mestre. Mas, ao que tudo indica, a idéia de que os dois foram casados e tiveram filhos não passa de uma mistura de imaginação hiperativa moderna com brigas políticas de antigas seitas cristãs. Explica-se: todos os textos que insinuam uma proximidade mais carnal entre Maria Madalena e Jesus são pelo menos cem anos mais recentes que os Evangelhos oficiais, tendo sido escritos por pessoas que queriam justamente desafiar as visões mais ortodoxas do cristianismo, as quais começavam a se firmar. Se a pesquisa mais sóbria enterra, por um lado, o romantismo à la "Código da Vinci", também demonstra, por outro, um dos aspectos mais radicais da missão religiosa de Jesus: o tratamento aparentemente igualitário dado às mulheres.

De fato, ao contrário de todos os líderes religiosos judeus antes e depois dele (antes da época moderna, claro), Cristo não via problema algum em ter seguidores dos dois sexos. "Duas das qualidades extraordinárias de Jesus são o fato de que ele recrutava seguidores e era itinerante. Mas o que é ainda mais incomum é o fato de ele recrutar seguidores do sexo feminino e masculino e viajar com ambos", escreve Ben Witherington III, especialista em Novo Testamento do Seminário Teológico Asbury (Estados Unidos).

Ambos os fatos seriam considerados escandalosos para os judeus do século I, para quem as mulheres deveriam ficar em casa com seus maridos e, quando viajassem, teriam de ser acompanhadas por parentes do sexo masculino. Segundo o padre John P. Meier, professor da Universidade de Notre Dame em Indiana (EUA) e autor dos livros da série "Um Judeu Marginal", sobre a figura histórica de Jesus, o escândalo é um ótimo motivo para acreditar que esse grupo de seguidoras, incluindo Maria Madalena, realmente existiu.



CONSTRANGEDORA
Essa visão advém do chamado critério do constrangimento, que é uma das principais ferramentas usadas pelos historiadores para decidir se um fato narrado nos Evangelhos realmente aconteceu com Jesus. A idéia é que os evangelistas não teriam motivos para criar uma narrativa que pudesse causar problemas para sua pregação por ser potencialmente constrangedora. Ao mesmo tempo, sentiriam a necessidade de relatar a situação embaraçosa nos casos em que ela era de conhecimento geral e, portanto, não poderia ser simplesmente omitida.

Meier acredita que o critério do constrangimento pode ser aplicado a vários acontecimentos-chave da vida de Maria Madalena relatados no Novo Testamento. Um deles é a expulsão de sete demônios do corpo da mulher, graças ao poder de Jesus. Outra é a presença da ex-possessa durante a crucificação e sepultamento de Cristo. Finalmente, há o relato de que ela teria falado com o próprio Jesus ressuscitado, talvez até antes dos apóstolos.

"É improvável que os primeiros cristãos tenham se dado ao trabalho de lançar dúvidas sobre a confiabilidade de uma testemunha tão importante [da ressurreição de Jesus] transformando-a numa antiga endemoninhada", escreve Meier. O historiador acredita, portanto, que Maria Madalena realmente foi exorcizada por Jesus num momento crucial de sua vida, e especula que isso levou a mulher a se tornar discípula de Cristo.

DE MAGDALA PARA JERUSALÉM
O nome "Madalena" indica que Maria nasceu em Magdala, um vilarejo de pescadores na costa noroeste do mar da Galiléia -- a mesma região onde Jesus cresceu, portanto. Ela, porém, não era a única seguidora do mestre galileu -- os Evangelhos citam pelo nome uma série de outras mulheres, como Joana, mulher de um administrador do tetrarca (governador) da Galiléia, Herodes Antipas. Além de acompanhar as pregações de Jesus, essas mulheres parecem ter ajudado a financiar as andaças de Cristo pela Palestina, colocando seus próprios bens à disposição dele.

Existe algum indício de uma relação mais próxima entre Jesus e a mulher de Magdala durante esse período? Zero, parece ser a resposta. Na verdade, nenhum dos textos do Novo Testamento dá qualquer indicação de que Jesus tenha, em algum momento, tido filhos ou se casado. Alguns estudiosos afirmam que, para um judeu do século I, o casamento era quase considerado uma obrigação religiosa, ligado ao mandamento de "crescer e multiplicar-se" presente no livro bíblico do Gênesis.

Acontece, porém, que Jesus não era um judeu comum, e tampouco vivia em uma época comum. Com efeito, algumas seitas e grupos mais radicais da época, como os chamados essênios, defendiam o celibato e chegavam a viver como "monges". Além disso, enquanto os textos bíblicos mencionam várias vezes a família de Jesus, não há menção alguma a mulher e filhos. Para John P. Meier, o mais provável é que eles nunca tenham mesmo existido, e que Jesus tenha sido celibatário como sinal do compromisso exigido por sua missão religiosa.

O certo é que Maria de Magdala, ou Madalena, aparentemente acompanhou Jesus até seu confronto final com as autoridades judaicas em Jerusalém, testemunhando sua morte e não saindo do lado dele mesmo quando muitos dos apóstolos fugiram. No relato da visão que ela teve do Ressuscitado, no Evangelho de João, ela exclama "Rabouni!" (algo como "meu professor", "meu mestre" em aramaico) ao reconhecê-lo.

"Jesus então diz a ela uma frase que normalmente é traduzida como 'não me toque', mas na verdade quer dizer 'não se segure em mim' ou algo do tipo", diz Ben Witherington III. "A idéia do evangelista é que ela não deve ficar presa ao Jesus do passado, mas sim sair dali e anunciar o Jesus ressuscitado", afirma o teólogo. Essa é a última vez em que Maria Madalena aparece no Novo Testamento. Não há detalhes confiáveis sobre o resto de sua vida.

BEIJOS POLEMICOS
 De onde surge, então, a lenda do caso de amor entre mestre e aluna? De uma série de textos, a maioria deles encontrados no Egito e escritos em copta, como é conhecida a língua egípcia durante a época romana. (Acredita-se que muitos desses textos foram originalmente compostos em grego, e alguns desses originais foram achados.) O mais famoso deles é o Evangelho de Filipe, no qual Maria Madalena é descrita como a "companheira" de Jesus e diz-se que Cristo "costumava beijá-la com freqüência".

Acontece que todos esses textos parecem ter sido compostos no ano 200 da nossa era, ou até mais tarde, e compartilham uma mesma teologia, a do gnosticismo. Os gnósticos acreditavam numa espécie de revelação secreta e esotérica que lhes dava o verdadeiro conhecimento para a salvação, ao contrário da massa "ignara" dos demais cristãos. Essa opinião era combatida por outros grupos do cristianismo, que se consideravam os sucessores de apóstolos como Pedro e Paulo.

Com isso, Maria Madalena passou a ser usada pelos gnósticos como um símbolo do "conhecimento verdadeiro" que tinham de Jesus, e como a verdadeira predileta de Cristo, da qual eles seriam seguidores. Esse aspecto polêmico e tardio de tais textos torna bastante improvável que eles se baseiem em alguma memória histórica envolvendo a Maria Madalena real.
Texto: Reinaldo J.Lopes (G1-SP)

EVANGELHOS APÓCRIFOS - resumo



 Um Breve Resumo Histórico dos Evangelhos Apócrifos

1 - O Evangelho Gnóstico de João
2 - A Infância de Jesus Segundo São Tome
3 - A Palestina nos Tempos De Jesus
4 - A Sophia De Jesus
5 - Evangelho Apócrifo A História de José
6 - Manuscritos do Mar Morto
7 - Nag Hammadi
8 - O Evangelho de Felipe
9 - O Evangelho de São Bartolomeu
10 - O Evangelho de São Pedro
11 - O Evangelho de São Tome
12 - O Evangelho de Tiago
13 - O Evangelho Maria Madalena
14 - O Hino da Pérola
15 - Pseudo Epigrafo de Gênesis
16 - Teria Sido Jesus Crucificado
17 - O Evangelho Segundo Judas - História
18 - O Evangelho Segundo Judas - Integra
19 - Atos Apócrifos de Tecla
20 - O Apocalipse de Pedro
21 - O Evangelho de Pedro 2
22 - Primeira Carta de São Clemente aos Coríntios
23 - Segunda Carta de São Clemente aos Coríntios
24 - A Doutrina dos Apóstolos
25 - A História do Universo
26 - A Sentença Condenatória de Jesus Cristo
27 - Atos de João
28 - Carta do Rei Abgaro a Jesus
29 - Jose o Carpinteiro
30 - Didaqué
31 - Epístola de Barnabé
32 - Epístola aos Laodicenses
33 - O Primeiro Livro de Adão e Eva
34 - O Livro de Melquisedeque
35 - O Livro de Enoque
36 - Oração de Manasses
37 - Salmos de Salomão
38 - Salmo 151
39 - Apocalipse das Semanas de Enoch
40 - A Instrução dos Doze Apóstolos
41 - A Outra Maria Segundo os Evangelhos Apócrifos
42 - O Evangelho Segundo Nicodemos - Parte 1
       O Evangelho Segundo Nicodemos - Parte 2
43 - O Evangelho Segundo Marcos
44 - Evangelho Mors Pilatos
45 - Volusiano
46 - Carta de Pvblivs Lentvlvs
47 - Livro de Tomé
48 - Oração Mágica do Essênios
49 - Evangelho de Bartolomeu 2
50 - Manuscrito de Abraão
51 - A Natividade de Maria
52 - Passagem Santa Mãe de Deus
53 - Evangelho Agrapha
54 - Carta Diognet
55 - Declaração José de Arimateia
56 - Epistola de Policarpo aos Filipenses
57 - O Pastor de Hermas

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EVANGELHOS APÓCRIFOS-: O QUE SÃO?



Os Evangelhos Apócrifos Provavelmente você já ouviu falar nos “Evangelhos Apócrifos”. Mas que significado tem a palavra “apócrifo”? 

Apócrifos são chamados os livros que apesar de atribuídos a um autor sagrado, não são aceitos como canônicos. E qual o exato significado da palavra “canônico”? A palavra deriva de “Cânon”, que é o catálogo de Livros Sagrados admitidos pela Igreja Católica. Sendo assim, que critério a Igreja Católica se utilizou para decidir se um livro, supostamente escrito por um autor sagrado, tem caráter apócrifo ou canônico? Quando exploramos o assunto, vemos que a “escolha” é feita pela fé, para não dizer conveniência. Os Livros Canônicos são os livros escritos por inspiração Divina. Mas de que forma podem saber quais foram e quais não foram inspirados por Deus? O que é ainda mais interessante neste assunto é que a própria Igreja reconhece que boa parte desses Evangelhos Apócrifos foram elaborados por autores sagrados. Por que então não são incluídos na “categoria” bíblica? E o que é mais estranho, por que foram perseguidos e condenados durante séculos? Com o passar dos séculos, o termo Apócrifo foi ganhando outros significados. Na antiguidade, designava obras de uso exclusivo de seitas ou escolhas iniciáticas de mistério. Mais tarde adquiriu o significado de livro de origem duvidosa, ou, segundo o Médio Dicionário Aurélio: “Diz-se obra ou fato sem autenticidade, ou cuja autenticidade não se provou.” É certo que deve ser muito difícil para a Igreja separar os textos que relatam os fatos da Vida e Obra do Mestre Jesus dos que contam histórias sem autenticidade. Porém, a própria Instituição reconhece hoje em dia o valor de algumas destas obras, ou Evangelhos Apócrifos, os quais nos contam algumas passagens da Natividade, Infância e pregação do Avatar e sua progenitora. Hoje, a Igreja Católica reconhece como parte da tradição, os Evangelhos Apócrifos de Tiago, Matheus, O Livro sobre a Natividade de Maria, o Evangelho de Pedro e o Armênio e Árabe da Infância de Jesus, além dos evangelistas “aceitos”. A maior parte destes textos apareceu nos séculos II e IV e atualmente são considerados “apócrifos”. Na realidade, a única diferença entre eles e os quatro Evangelhos Canônicos resume-se ao fato de que “não foram inspirados por Deus”. Estes Evangelhos considerados apócrifos foram publicados ao mesmo tempo que os que passam por canônicos, foram recebidos com igual respeito e idêntica confiança e, ainda, sendo citados preferencialmente nos primeiros séculos. Logo, o mesmo motivo que pesa em favor da autenticidade de uns, pesa também a favor de outros. No entanto, somente quatro são aceitos “oficialmente”. De onde os homens buscaram a prova de que estes últimos foram “divinamente inspirados”? A admissão exclusiva dos quatro Evangelhos hoje aceitos se deu no século IV, no ano de 325 d.C., por ocasião do Concílio de Nicéia e depois referenciado em 363 d.C., no de Laodicéia, como nos é contado por Hollbach, no prólogo de sua ”História Crítica de Jesus Cristo”. No entanto, Irineu, que morrera mais ou menos no ano 200, já expressava sua preferência pelos quatro Evangelhos hoje aceitos como canônicos. 
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EVANGELHO APÓCRIFO DE JUDAS

O beijo de Judas 

O trecho-chave do documento é atribuído a Jesus, dizendo a Judas: "Tu vais ultrapassar todos. Tu sacrificarás o homem que me revestiu". Segundo o pensamento gnóstico, esta frase significaria que com a delação Judas estaria contribuindo para que Jesus Cristo pudesse libertar o seu espírito, livrando-se de seu invólucro carnal, o corpo. "Essa descoberta espectacular de um texto antigo, não-bíblico, considerada por alguns especialistas como um dos mais importantes jamais descobertos nos últimos 60 anos, estende nosso conhecimento da história e das diferentes opiniões teológicas do início da era cristã", esclarece Terry Garcia, um dos responsáveis da revista estado-unidense National Geographic. Presume-se que o original, provavelmente escrito em grego, seja datado do início do século II. A existência do Evangelho de Judas havia sido atestada pelo primeiro bispo de Lyon, São Irineu, que o denunciou em um texto contra as heresias na metade do século II. O bispo teria explicado neste documento que, segundo a sua opinião, nos tempos dos apóstolos aconteceram diversas tentativas de se espalhar o erro e perturbar a união dos cristãos, e que alguns faziam-se passar por convertidos, exclusivamente para disseminar doutrinas contrárias a da Fé Apostólica. Irineu também comentou a existência de uma seita gnóstica chamada de Cainitas, cuja crença era baseada no princípio que o mundo material é imperfeito, tendo sido criado não por um Deus Supremo e sim por uma inteligência criadora inferior a este. Além de Irineu, Epifânio, bispo de Salamina, também argumentou sobre a existência desse manuscrito no ano de 375 dc.


 Elaine Pagels, professora de Religião na Universidade de Princeton e uma das grandes especialistas mundiais sobre os Evangelhos gnósticos, considera que "a descoberta surpreendente do Evangelho de Judas, bem como daqueles de Maria Madalena e de diversos outros documentos dissimulados durante quase 2000 anos, modifica nossa compreensão dos primórdios do cristianismo. Essas descobertas erradicam o mito de uma religião monolítica e mostram o quanto o movimento cristão era realmente diversificado e fascinante no seu início".
 Fonte: pt.wikipedia.org 
Formatação Helio Rubiales