Afirma-se que os crucificados só morriam após dias na cruz ou ainda mais tarde. Muitas vezes, colocava-se no madeiro vertical da cruz um pequeno apoio para os pés, chamado sedile (assento) ou cornu (corno). Se o crucificado, em sua angustia, quase desfalecendo apoiava-se de vez em quando no sedile, o sangue que havia descido produzido pelo fenômeno ortostático, voltava a subir irrigando a parte superior dom corpo e o princípio de desfalecimento desaparecia, prolongando dessa forma a sua vida e agonia na cruz. Quando se queria acabar finalmente com o sofrimento do crucificado, recorria-se ao crurifragium, que consistia em quebrar os joelhos a golpes de bastão. Então, não podendo mais apoiar-se nos pés, o crucificado morria rapidamente de insuficiência cardíaca.
Parece que Jesus foi poupado ao crurifragium:
"Foram, pois, os soldados, e quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele fora crucificado. Mas, quando chegaram a Jesus, tendo visto que já estava morto,não lhe quebraram as pernas" (João 19.32,33).
Formatação: Helio Rubiales
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