O ato sexual praticado entre marido e mulher tinha duas finalidades: gerar filhos e proporciona-lhes prazer.
Os judeus não viam o sexo como um problema, nem como um fardo.
A abordagem do assunto feita por Paulo é altamente esclarecedora (I Co 7.1-7), pois ele argumenta que o casal devia manter relações sexuais regularmente. E não só a mulher tinha o dever de proporcionar prazer ao marido, mas este tinha também a responsabilidade de dar prazer a ela. Ele recomendava cerdo domínio próprio, mas reconhecia a necessidade de as pessoas terem satisfação física. Isso demonstra que o sexo era visto também como fonte de prazer. Então os casais muitas vezes desfrutavam do prazer sexual sem a intenção de gerar filhos, sem nenhum sentimento de culpa. Isso era muito importante para eles, se levarmos em consideração as grandes tentações sexuais a que estavam expostos em contato com as culturas vizinhas. O texto dá a entender também que a mulher podia perfeitamente admitir sua necessidade de ter um relacionamento sexual. Paulo fala disso como de coisa normal, e ensina que o homem sábio deveria atender aos desejos de sua esposa.
O livro de Cantares apresenta expressões e imagens sexuais bastante ousadas. Quem lê essa obra vê-se diante de descrições dos detalhes íntimos de um casamento. O autor admira os seios de sua amada (4.5; 7.3-7), e fica fascinado com seus doces beijos (4.11). Ela , por sua vez, aprecia os afetuosos abraços dele (8.3), o seu falar doce (5.16) e suas pernas (5.15).
Esse livro, de conteúdo tão sensual, fala da experiência sexual de forma muito aberta e franca, e era aceito como obra da cultura judaica.
A Bíblia contém algumas diretrizes para o sexo no casamento, que também foram ensinadas aos cristãos primitivos. Os casais deveriam exercitar domínio próprio de modo que pudessem desempenhar suas responsabilidades normais. Paulo, por exemplo, reconhece que o casal tem o direito de se abster do sexo para se dedicar inteiramente à oração. Ele ensina também que o indivíduo não deveria utilizar o sexo apenas para sua satisfação pessoal, mas cada um tinha o dever de atender às necessidades do seu cônjuge (I Co 7.1-7).
A Bíblia não impõe restrições à maneira como o casal deve praticar o ato sexual. Não há proibições nem prescrições sobre a prática sexual das pessoas casadas.
Sabemos que era a prática do ato sexual que selava o casamento. Após a cerimônia e a troca de presentes, a relação sexual era o que determinava que eles se encontravam realmente casados. O amor físico da noiva devia "atrair" e "embriagar" o marido (Pv 5.15-19). O leito nupcial devia ser sem mácula, protegido de influências externas (Hb13.4,5). Isso pode ser uma decorrência do princípio bíblico de que o marido deveria ficar em casa todo o primeiro ano de casamento para dar "felicidade" à mulher (Dt 24.5).
Ao falar sobre o relacionamento conjugal, o apóstolo paulo aconselha os casais a não se privarem um ao outro, pois já sabia das muitas dificuldades do relacionamento conjugal (1Co 7.3-5). A seu ver, o homem que tivesse uma vida sexual satisfatória dentro de casa, teria mais forças para resistir às tentações que enfrentaria lá fora.
Fontes:
http://peregrinodecristo.blogspot.com.br/
COLEMAN, William L., Manual dos Tempos e Costumes Bíblicos, 1 ed., Belo Horizonte, Betânia, 1991.
Formatação: Helio Rubiales
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