Ostensório com a ampola
Detalhe da ampola
SAN GENNARO ou SÃO JANUÁRIO
San Gennaro era napolitano de origem e viveu no fim do século III. Considerado um homem bom, caridoso e zeloso com as coisas da fé, foi eleito bispo de Benevento, uma cidade situada a setenta quilômetros da sua cidade natal.
Era uma época em que os inimigos do cristianismo submetiam os cristãos a testemunharem sua fé por meio dos terríveis martírios seguidos de morte. No ano 304, o imperador romano Diocleciano desencadeou a última e também a mais violenta perseguição contra a Igreja. O bispo Gennaro foi preso com mais alguns membros do clero, sendo todos julgados e sentenciados à morte num espetáculo público no Circo. Sua execução era para ser, mesmo, um verdadeiro evento macabro, pois seriam jogados aos leões para que fossem devorados aos olhos do povo chamado para assistir. Porém, segundo informações históricas, a exemplo do que aconteceu com o profeta Daniel, as feras tornaram-se mansas e não lhes fizeram mal. O imperador determinou, então, que fossem todos degolados ali mesmo. Era o dia 19 de setembro de 305. Alguns cristãos, piedosamente, recolheram em duas ampolas o sangue do bispo Gennaro e o guardaram como uma preciosa relíquia que viria a ser um dos mais misteriosos e incríveis milagres da Igreja Católica.
São Gennaro é venerado desde o século V, mas sua confirmação canônica veio somente por meio do papa Sixto V em 1586
Fora dos meios cristãos, estudiosos afirmam que não se pode ter certeza sequer que Januário tenha existido de fato, menos ainda de que os fatos de sua vida tenham de fato ocorrido.
LIQUEFAÇÃO DO SANGUE
Mantida atrás do altar da capela da Adoração, a ampola que contém o sangue coagulado de São Gennaro é colocada dentro de um ostensório e num movimento em determinados dias do ano torna-se líquido, dando-se dessa forma o milagre.
Formatação e pesquisa: Helio Rubiales
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