Contrariamente às histórias frequentemente contadas sobre a tortura e a prisão de Galileu, sabemos hoje que aparentemente ele nunca foi fisicamente torturado – ele pode ter vivido um sofrimento mental considerável, mas nunca fisicamente torturado. Ele deixou a cidade de Florença e foi para Roma em 1633. Quando lá chegou – para seu julgamento – ele permaneceu inicialmente na Embaixada da Toscana e não em uma prisão ou gabinetes da Inquisição. Os poucos dias que passou dentro do Vaticano durante seu julgamento não foram dentro de uma cela, mas em um apartamento especial com três cômodos disponibilizado para ele como convidado de honra de um dos padres que faziam parte da Inquisição. Para tornar sua estadia a mais agradável possível, eles permitiram que suas refeições fossem preparadas pelo cozinheiro-chefe na Embaixada Italiana e trazidas a essa “não cela”.
Após sua condenação, ele não foi encarcerado, mas ficou detido em regime de prisão domiciliar, primeiramente na Villa Medici em Roma, depois no Palácio do Arcebispo em Sienna onde ele permaneceu por um longo período e, então, finalmente em sua própria casa de campo nos arredores de Florença.
Fonte:.hcnet.usp.br Ronald L. Numbers, Ph.D.
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